A educação contemporânea propõe um ensino baseado em uma educação libertadora, tendo como perspectiva a transformação da sociedade em que vivemos.

O cenário educativo das últimas décadas demanda uma inegável inquietação pela busca de respostas sobre as dificuldades de ensinar e aprender. (Re)significar o ensino tem sido um desafio constante para aqueles que acreditam que a educação (a escola e os espaços de educação não formais) deve composta de momentos de desenvolvimento das potencialidades humanas.

É fato que a escola é um espaço de aprendizagem, convivência, ação política e social, e por isso deve estar atenta aos problemas que afligem a comunidade educativa, possibilitando uma intervenção ativa nas questões sociais e ambientais. Os espaços de educação não formais podem ampliar tais características possibilitando aos educandos e aos educadores a percepção de que os conhecimentos materializam-se no espaço cotidiano.

A prática pedagógica deve instigar e propiciar o diálogo entre as ciências, as sociedades, as culturas, de forma a compreender as necessidades humanas de sua contemporaneidade, problematizá-las e delinear caminhos e modos de enfrentamento dessas questões, como possibilidades de respostas e de posicionamento. Tal prática deve garantir a elaboração de propostas de intervenção na realidade, visando um conjunto de propostas e ações, onde o ponto de partida seja o conhecimento e o ponto de chegada o: desenvolvimento de habilidades, competências e a (re)construção da sociedade. 

As crianças e os jovens de hoje fazem parte da geração digital, ou seja, dialogam com a tecnologia de uma maneira radicalmente diferente, das 3 últimas gerações do século passado, os nossos estudantes possuem uma série de informações sobre o mundo real e adquirem cada vez mais contato com o mundo global. Vivemos na era da informação e em uma sociedade pós-industruial. O Brasil hoje é referencia mundial em vários aspectos; a tecnologia faz parte de nossas vidas, estamos conectados com o mundo. No entanto, a maioria das escolas ainda está organizada para o mundo industrial, com salas de aula preparadas para os estudantes do início do século XX.

A Educação está cristalizada num tempo que não volta e que indica a cada instante que a porta de passagem está aberta, em busca de novos espaços, novas salas, novas portas. O aprendido é algo que deve ser definido, construído, materializado e conquistado por todos. O conhecimento vai muito além do que os livros podem revelar. Nosso pensamento é livre, e devemos navegar por todas as possibilidades que existem.

No entanto, nos deparamos com uma juventude viciada em formatos prontos de saber. Crianças que não querem criar, jovens que gritam por mudanças, mas não sabem o que querem mudar. Cabe as instituições de ensino e aos seus parceiros, propor uma nova abordagem, novas possibilidades, na os conhecimentos são comuns a todos e os olhares definem um novo agir, uma nova postura. Observar, conhecer, compreender, relacionar, analisar e propor a partir das conclusões construídas na interação é mais que uma necessidade, é uma possibilidade de mudança. Construir uma educação que seja realmente significativa é preciso gerar possibilidades para que o educando construa seu conhecimento, desenvolva habilidades e amplie as competências. Cabe a todos os espaços de aprendizagem garantir o exercício da cidadania, um local de experimentações, da materialização dos sonhos, de ampliação da afetividade e das relações. Devemos acima de tudo, gerar o protagonismo, garantir o diálogo e os espaços harmoniosos. No Projeto Educativo do Magic City a observação, a relação, a comparação e a conclusão são os pontos de partida para a construção de conceitos. Em nosso projeto, autonomia e protagonismo para todos os estudantes é fato. A nossa prática está centrada nos conhecimentos prévios dos educandos e a sua ampliação a partir da leitura do mundo em que vivemos.